O Banco Central iniciou a primeira fase do Open Banking no Brasil. O sistema, que possibilita a troca de dados e informações entre todos os clientes e as empresas do setor financeiro, será implementada ao longo do ano de 2020.

Neste artigo, você vai entender melhor sobre o conceito de Open Banking, quem participa e o que já está valendo nesse primeiro momento, além dos próximos passos previstos. Boa leitura!

O que é Open Banking?

O Open Banking pode ser definido, de forma resumida, como o compartilhamento de dados financeiros e serviços de clientes entre instituições regulamentadas. Contudo, é muito importante ressaltar que, para isso, é necessário ter como base a autorização prévia de cada cliente.

A plataforma parte do princípio base de que todas as informações de um usuário de serviços financeiros e de pagamento pertencem a ele. Então, dessa forma, será possível escolher, ou não, compartilhar seus dados entre as instituições integrantes do ecossistema Open Banking.

A iniciativa do Banco Central busca incentivar a inovação e a agilidade no setor, contando com novos produtos e serviços desburocratizados e acessíveis. Para ajudar a entender melhor, pense em um cliente detentor de seu histórico bancário que poderá procurar outras instituições em busca de opções de crédito mais baratas e com melhor qualidade de atendimento.

Vale destacar que é obrigatória a participação de grandes e médios bancos, chamados de S1 (com porte igual ou superior a 10% do PIB ou que exerçam atividade internacional relevante), e do segmento S2 (porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB). Já para as demais instituições a participação é facultativa.

O cronograma do Open Banking no Brasil conta com quatro fases. A primeira passou a valer no início do mês de fevereiro de 2020. A segunda fase começa a partir do dia 15 de julho. Já a terceira está prevista para 30 de agosto, enquanto a quarta e última fase começa em 15 de dezembro do mesmo ano.

Quais mudanças estão previstas na primeira fase do Open Banking?

A primeira fase do Open Banking no Brasil conta com a abertura de dados das instituições participantes da plataforma em relação a seus canais de atendimento, além de seus produtos e serviços mais relevantes. Contudo, ela ainda não envolve o compartilhamento de dados de clientes.

O início dessa padronização das informações veiculadas pelos bancos abrangerá praticamente quase todos os serviços e produtos, indo desde a nomeação de seus produtos até o formato do código de envio de informações entre as instituições.

Apesar dos clientes ainda não veicularem suas informações nesse primeiro momento, alguns impactos positivos já poderão ser sentidos. Quer um exemplo? Caso um indivíduo deseje comparar as tarifas de um banco com outro, poderá consultar diretamente em um site as listas que comparam produtos e taxas.

A previsão é que o Banco Central compartilhe o endereço do sistema, que ficará permanentemente público, em breve. Com isso, será possível que os clientes tenham maior facilidade na hora de contratar produtos e serviços bancários.

Próximas fases do Open Banking

Até o dia 15 de dezembro deste ano, mais três fases do Open Banking estão previstas pelo Banco Central. Por isso, separamos um breve cronograma e resumo para que você consiga entender facilmente os próximos passos. Acompanhe:

  • Segunda fase: início previsto para 15 de julho. Nela, as instituições poderão trocar dados de cadastros e transações de clientes, como conta corrente, poupança, cartão de crédito e de operações de crédito. Contudo, mediante autorização prévia do consumidor;
  • Terceira fase: início previsto para 30 de agosto. Nela, teremos as iniciações de transações de pagamento de contas e transferências bancárias fora do internet banking ou do aplicativo do banco, por meio de um aplicativo intermediário. Outro ponto é que teremos o encaminhamento de propostas de operação de crédito;
  • Quarta fase: início previsto para 15 de dezembro. Aqui teremos o compartilhamento dos dados financeiros autorizados pelos clientes para outros produtos e serviços. Entre eles podemos citar operações de câmbio, seguros, investimentos e contas salário.

Agora que você já sabe as principais informações sobre o início do Open Banking no Brasil, que tal se manter sempre por dentro das principais notícias de tecnologia financeira? Assine gratuitamente nossa newsletter e receba as novidades em seu e-mail.